Há que se ter paciência.
Tudo tem sua hora, mas não cabe a nós saber quando e nem porque é para depois e não para agora.
É que o tempo não nos pertence,
E estando este fora de nosso controle
E sendo tu e eu apenas parte menor nisso tudo,
Só nos resta viver de espera.
Eu não vou mentir,
Esperar é cruel,
Exaustivo,
Quase insuportável.
Digo-te que o andar é incerto,
Que o que é hoje, nem sempre será amanhã.
Que nada levarás daqui,
Nem ninguém,
Quem anda ao teu lado hoje,
Amanhã quem sabe onde estará?
Muito poucos restarão.
Mas não deixa a aflição dominar tuas ideias,
Não permita que o desespero seja teu companheiro,
Visto que este mau conselheiro,
Anuviador das vistas tuas e minhas,
Não te trará nada além de angústia.
Tenha fé.
Deixa a esperança ser tua amiga,
E se consola em saber que nada dura para sempre,
Nem a espera.
O que deve ser teu,
Teu será.
Há que se ter paciência.
